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Ambição de crescer enfrenta barreiras regulatórias

2025-07-25
Ambição de crescer enfrenta barreiras regulatórias

As pequenas e médias empresas (PMEs) em Portugal estão determinadas a crescer, apesar de enfrentarem obstáculos persistentes, sobretudo no plano regulatório e fiscal. Esta é uma das principais conclusões do inquérito Flash Eurobarometer 559 – Startups, Scaleups and Entrepreneurship, que analisou a realidade de mais de 17.000 empresas, incluindo 13.000 na União Europeia e 465 em Portugal.

Cerca de 43% das PMEs portuguesas planeiam crescer nos próximos anos tanto em faturação como no número de colaboradores — acima da média da UE (37%). Este dado revela um forte dinamismo e otimismo no tecido empresarial nacional. No entanto, os desafios são significativos.

Entre as principais barreiras identificadas pelas empresas portuguesas destacam-se os atrasos nos pagamentos (indicados por 69% das PMEs nacionais), a carga regulatória e administrativa (49%) e as dificuldades no acesso ao financiamento (39%). Estes valores são superiores à média europeia e revelam entraves estruturais que limitam a capacidade de investimento e inovação.

A expansão para outros mercados da UE continua a ser uma meta difícil de atingir. Para as PMEs portuguesas que já vendem além-fronteiras, os principais entraves são as regras fiscais e de IVA (30%), os requisitos legais e de licenciamento (30%) e a falta de informação clara sobre as regras aplicáveis (21%).

A inovação também enfrenta entraves: 45% das empresas em Portugal afirmam ter dificuldades em prever a aceitação do mercado para novos produtos ou serviços, e 22% apontam o contexto legal e administrativo como barreira direta à inovação.

Em termos tecnológicos, as PMEs portuguesas ainda estão em fase inicial de adoção de ferramentas avançadas: 45% utilizam computação em nuvem e análise de big data, 21% investem em cibersegurança e apenas 8% adotaram soluções de inteligência artificial, abaixo da média da UE (14%).

Apesar destas dificuldades, o estudo traça um retrato resiliente e promissor das empresas portuguesas. Com políticas públicas adequadas, apoio ao investimento e simplificação dos processos legais, o potencial de crescimento e inovação das PMEs em Portugal poderá ser decisivo para reforçar a competitividade económica do país nos próximos anos.

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