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O gradual desconfinamento que se iniciou em março tem permitido um crescimento económico maior do que esperado, possibilitando ao Banco de Portugal, no boletim económico de junho, fazer uma revisão em alta de 4,8% do PIB para 2021.

Com o rendimento disponível a crescer 1,3%, devido à recuperação do emprego e dos salários, e à abertura de mais setores de atividade, verifica-se um aumento do consumo privado em 3,3%. Já no boletim de estatísticas do Banco de Portugal, referente ao mês de abril de 2021, sobre os empréstimos e depósitos no nosso país, indica no crédito ao consumo um aumento de 1,6%, taxa de variação anual, enquanto que os depósitos dos particulares após vários meses em crescimento começam agora diminuir.

O investimento e a procura externa também apresentam melhorias, prevendo um crescimento médio para 2021-23 de 7%. Ao nível empresarial, as previsões do Banco de Portugal apontam para uma média anual de crescimento de 6,4%, "suportada pelas condições financeiras favoráveis, pelos fundos europeus, pela recuperação da procura e pela gradual redução da incerteza.”

No que diz respeito às exportações, que têm vindo a recuperar no segundo semestre de 2020, em particular as exportações de bens, registam um crescimento de 14% em 2021-22.

 "A balança corrente e de capital apresenta um excedente de 0,9% do em 2021 e próximo de 2% do PIB em 2022-23, devido à recuperação no turismo e à entrada de fundos europeus.”

No seu comunicado, a instituição recomenda ainda que as políticas orçamental e monetária não sejam retiradas e que os apoios devem ser ajustados de acordo com a evolução da crise.