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O Governo reservou um papel decisivo ao Banco Português de Fomento (BPF) na operacionalização do plano de relançamento da indústria portuguesa no pós-pandemia, designado "Reativar o Turismo | Construir o Futuro”. 

Dos mais de 6,1 mil milhões de euros que foram alocados a um conjunto de políticas públicas que visam voltar a fazer crescer uma fileira com relevante importância para a economia nacional, 4.075 milhões de euros estão destinados às empresas, através do BPF.

Através do BPF poderão vir a ser canalizados 3.000 milhões de euros de apoios públicos às empresas turísticas, tendo em vista a preservação do potencial produtivo e do emprego, e 1.075 milhões de euros para o seu financiamento. A este nível, adiantou o ministro da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, na apresentação pública do plano, estão em causa o acesso a "linhas e operações diversas que permitam às empresas conseguir financiamento para o investimento produtivo que terão de fazer”. É o caso do reforço do Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas; do acesso facilitado dos operadores turísticos ao financiamento em mercado de capitais, através do Programa para Acesso PME ao Mercado de Capitais; do apoio ao investimento na concentração de empresas, deitando mãos do Fundo para a Concentração de Empresas; e à internacionalização empresarial, via Fundo para a Internacionalização das Empresas do Turismo.

O objetivo é manter a quota de mercado do país como destino de excelência a nível internacional e recuperar do impacto da pandemia, para que se atinjam as metas definidas na Estratégia Turismo 2027: chegar aos 27 mil milhões de euros de receitas e 80 milhões de dormidas daqui a seis anos. Para já, conforme realçou o ministro da Economia na apresentação do plano, importa alcançar "outra vez os 18 mil milhões de euros” em receitas turísticas em 2023.

O plano está assente em quatro pilares de atuação – Apoiar Empresas, Fomentar Segurança, Gerar Negócio e Construir Futuro – e é composto por ações específicas, de curto, médio e longo prazo, que "vão permitir a requalificação do sector num patamar ainda superior”, salientou o ministro Siza Vieira.

Ainda segundo o ministro da Economia, o plano "Reativar o Turismo | Construir o Futuro” contribuirá para "promover um turismo ao longo de todo o ano e em todo o território, através do apoio ao investimento, da capacitação das empresas, da qualificação dos recursos humanos e da aposta na acessibilidade aérea e na mobilidade sustentável, áreas fundamentais para incentivar a competitividade do destino”.

Nesse sentido, uma das primeiras iniciativas lançadas no âmbito do plano, já neste mês de junho, foi a nova campanha do Turismo de Portugal "Tempo de ser | Time to Be”.