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O PIB cresceu 15,5% no segundo trimestre do ano, tratando-se, segundo a estimativa rápida para a evolução do PIB, do Instituto Nacional de Estatística (INE), do "maior crescimento homólogo num trimestre desde pelo menos 1996, ano em que começa a atual série histórica do INE”. Face ao primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 4,9%.

O aumento histórico do PIB acontece num período de desconfinamento e de retoma da atividade económica, que contrasta com um segundo trimestre de 2020 marcado pelo confinamento devido ao agravamento da pandemia Covid-19.

O INE destaca que "o Produto Interno Bruto (PIB), em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior)”, explicando que "esta evolução é influenciada por um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica”.

Foi a procura interna que deu o contributo mais positivo para o crescimento da economia, na comparação com o segundo trimestre de 2020, beneficiando do aumento do consumo privado com o desconfinamento. A procura externa líquida (exportações descontadas das importações) deu um contributo menos negativo, também beneficiando o produto interno bruto.

O aumento mais significativo das exportações de bens, que neste período cresceram face a 2019, também ajudou à recuperação do PIB, contudo, houve uma perda nos termos de troca (vantagem competitiva) para os bens portugueses, "tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos”, salienta o INE.