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PIB cresce 4,8% este ano e em 2022 terá subida de quase 6%

2021-07-08
economia Portugal

Após uma queda de 7,6% em 2020, o PIB crescerá 4,8% em 2021 e 5,6% em 2022. Segundo as previsões do boletim económico de junho do Banco de Portugal (BdP), este e o próximo ano serão de crescimento mais significativo, já em 2023, o crescimento será de 2,4%, valor próximo do registado antes da pandemia.

Esta recuperação está dependente do "controlo da pandemia, incluindo avanços na vacinação, e a manutenção dos apoios das políticas económicas, que mitigam os efeitos permanentes da crise na capacidade produtiva”, refere o BdP.

Igualmente importante para se atingir este resultado será a manutenção da estabilidade da legislação laboral, na opinião do governador do BdP, Mário Centeno. Na conferência de imprensa após a divulgação do boletim de junho, o governador afirmou que "as medidas que o mercado de trabalho precisa são as da criação de emprego e da transição entre empregos”, defendendo que as "alterações” à lei laboral "não beneficiarão à recuperação”. 

Para o governador do banco central, "uma das características das nações de sucesso é a estabilidade das instituições e a legislação em particular”, o que se aplica igualmente à previsibilidade da legislação laboral.

"Ao longo dos últimos anos vimos o emprego permanente a ganhar espaço ao trabalho temporário, a remuneração reforçar-se e o crescimento do emprego a ser uma realidade, devemos olhar para estes resultados e compreender como é que foram ou não limitados pela legislação laboral”. Na sua análise, esta conclusão demonstrou que a lei laboral tem um "elevadíssimo grau” de adaptabilidade à realidade.

Sobre a taxa de desemprego, o boletim estima que vai aumentar para 7,2% em 2021, mas baixará nos anos seguintes até aos 6,8% em 2023. "A trajetória de redução da taxa de desemprego será condicionada pela recuperação mais lenta de atividades mais afetadas pela pandemia, que tendem a ser intensivas em trabalho”, salientam os economistas do BdP.

O documento, adianta ainda que o crescimento do PIB português,no período 2021-23, será superior ao da área do euro, mas no final, o crescimento acumulado da atividade face a 2019 será semelhante em Portugal e na área do euro. "O ritmo de recuperação será diferenciado entre países, condicionado pela evolução da pandemia, pela estrutura produtiva e pela escala e eficácia das medidas de apoio, com destaque para o impacto do Next Generation EU (NGEU), o plano de recuperação que prevê 1,8 mil milhões de euros para estimular a retoma da economia na União Europeia.


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