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Produção industrial faz crescer economia da Zona Euro

2021-04-12
produção industrial

Depois de seis meses em contração, a atividade económica na Zona Euro voltou a crescer em março, impulsionada por uma subida recorde da produção industrial. É o que traduz o mais recente PMI compósito da Zona Euro, elaborado pela empresa de informação e análise económica IHS Markit, depois deste índice subir de 48,8 para 52,5 pontos, de fevereiro para março, respetivamente, atingindo o seu valor máximo nos último oito meses.

Foram tidas em consideração as respostas a um inquérito enviado aos gestores de compras de perto de 5.000 empresas industriais e de serviços instaladas nos 19 países da moeda única.

Ao ultrapassar os 50 pontos, a economia da Zona Euro dá sinais de ter voltado a crescer, o que já não acontecia desde setembro do ano passado. Esta expansão reflete não só uma melhoria da atividade, a mais positiva desde julho de 2020, como a segunda maior subida ocorrida nos últimos 28 meses.

Mesmo assim, a Markit identifica diferenças assinaláveis entre a situação na indústria e nos serviços, uma vez que que o PMI compósito resulta da média ponderada dos índices construídos com opiniões de gestores da indústria e dos serviços. E enquanto estes continuam a ser fortemente penalizados pelas medidas de combate à pandemia de COVID-19 um pouco por toda a Europa, seguindo em contração, a indústria registou no passado mês o crescimento mais elevado desde que há registos.

Apesar de continuar com um comportamento negativo, o sector dos serviços abrandou o ritmo de contração, com o PMI a subir de 45,7 pontos, em fevereiro, para 48,8 pontos, em março. Já o índice idêntico da indústria subiu de 57,6 pontos, no segundo mês do ano, para 63 pontos, em março último, o patamar mais alto desde que a Markit começou a disponibilizar este tipo de informação ao mercado, em junho de 1997.

Esta recuperação da indústria da Zona Euro fica a dever-se a um aumento recorde da produção das fábricas alemãs, acompanhado por uma recuperação mais rápida do que o esperado dos níveis de produção em França e no resto da região que usa a moeda única.

A Alemanha também se destacou nos serviços, com a atividade a expandir-se pela primeira vez no último semestre, enquanto que em França e nos restantes 17 países da Zona Euro se registaram taxas de contração moderadas.

O relatório respeitante a este PMI compósito da Zona Euro dá conta ainda de que as contratações aumentaram no mês passado. Comportamento idêntico tiveram os custos das empresas, que subiram ao ritmo mais acelerado em 10 anos, impulsionando os preços cobrados por bens e serviços.

Os preços das mercadorias aumentaram de forma bastante acentuada, depois de também os fornecedores terem subido os preços, devido aos atrasos nas cadeias de fornecimentos e ao agravamento das situações de escassez de algumas matérias-primas e produtos. Um movimento que, segundo a Markit, terá reflexos na inflação nos próximos meses.


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