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Depois de ter sido aprovada na última reunião de 2020 do Conselho Regional do Norte, falta apenas o Governo definir a sua posição quanto à estratégia de desenvolvimento da região "NORTE 2030” para as empresas, autarquias e outros agentes sociais, económicos e culturais nortenhos ficarem a dispor de um referencial decisivo para o desenho das candidaturas a financiamento europeu no período de programação 2021-2027.

Na reunião daquele órgão consultivo da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) de 16 de dezembro passado, foi aprovada a proposta apresentada pelo presidente daquele organismo, António Cunha, em que são identificados cinco grandes "objetivos estratégicos”para a região. O primeiro é a intensificação tecnológica da base produtiva regional, seguindo-se a valorização económicas de ativos e recursos intensivos em território e a melhoria do posicionamento competitivo à escala global.

A agenda regional desta década dará prioridade também à consolidação e sustentabilidade do sistema urbano policêntrico e à promoção da empregabilidade de públicos e territórios-alvo.

As empresas têm, neste contexto, um papel fundamental na melhoria do posicionamento competitivo da região à escala global, considera-se no NORTE 2030 - Estratégia de Desenvolvimento do Norte para o período de Programação 2021-2027 das Políticas da União Europeia.  Esse esforço de melhoria, preconiza o documento, deve assentar nas exportações, determinantes para a redução do défice e a melhoria da balança de transações, na exploração de novos mercados e modelos de negócio e numa presença mais ativa nos mercados internacionais.

O desenvolvimento e a valorização da fileira industrial nortenha, juntando o agroalimentar às indústrias com tradição na região, são tarefas inadiáveis na frente económica. Aqui, há que aproveitar os fundos europeus programados para 2021-2027 para dinamizar diferentes cadeias de valor, incluindo os produtos endógenos da região, potenciando novos modelos de negócios associados à transformação digital e apostando em domínios prioritários de especialização, como a mobilidade sustentável e a transição energética.

Para além de enunciar cinco objetivos estratégicos, o "NORTE 2030” aprovado pelo Conselho Regional acrescenta três "objetivos transversais” que o tecido institucional, social, económico e cultural da região deve ter presentes: o acréscimo de qualificações de todos os segmentos da população; a necessidade de equidade vertical e horizontal no acesso a bens e serviços públicos de qualidade; e a eficácia e eficiência do modelo de governação regional.