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Os consórcios entre empresas, entidades do Sistema de Investigação e Inovação, instituições académicas, entre outras, já podem apresentar até 30 de setembro as suas candidaturas às Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial, sendo uma das medidas mais esperados do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Com uma dotação prevista de 930 milhões de euros a fundo perdido, 558 milhões de euros são para as Agendas Mobilizadoras para a Inovação Empresarial e 372 milhões de euros para as Agendas Verdes.

Este concurso não só pretende incentivar ao desenvolvimento de sinergias entre o tecido empresarial e o sistema científico em Portugal, como também "visa identificar as reais oportunidades de investimento e capacidades de execução, para o desenvolvimento de projetos que permitam transformar o perfil de especialização da economia portuguesa, incentivando atividades de maior valor acrescentado e intensivas em conhecimento, orientadas para os mercados internacionais e para a criação de empregos qualificados”.

Estas agendas têm o propósito de aumentar a competitividade e resiliência da economia portuguesa, através de serviços e produtos inovadores que promovam a sustentabilidade e a investigação. Até 2030 deverão contribuir para o aumento das exportações em cerca de 53% do PIB, assim como, para o incremento do investimento em Investigação & Desenvolvimento até 3% do PIB e reduzir 55% das emissões de carbono.

O aviso N.º 01/C05-i01/2021 para o Concurso de Ideias já se encontra publicado, tal como já foram disponibilizados os formulários na plataforma, onde os beneficiários devem estar previamente registados no Balcão 2020.

As propostas a apresentar devem enquadrar-se nas seguintes áreas temáticas: tecnologias transversais e suas aplicações, industriais e tecnologias de produção; mobilidade, espaço e logística; recursos naturais e ambiente; saúde, bem-estar e território. Os projetos apresentados devem ser desenvolvidos em território nacional, devendo as entidades integrantes dos consórcios ter sede em qualquer uma das regiões NUT II, além estarem concluídos e com resultados concretizados até ao final de 2025.

Após a conclusão do processo de seleção de ideias, os consórcios qualificados deverão apresentar os projetos finais para serem avaliados por um júri composto por personalidades nacionais e internacionais de reconhecido mérito e competência. 

O Secretário de Estado Adjunto e da Economia, João Neves considera que "esta é uma oportunidade única para o nosso País, que vem dar resposta a uma debilidade estrutural há muito identificada que é a insuficiente ligação do sistema científico e tecnológico ao tecido empresarial. Com as Agendas Mobilizadoras pretendemos reforçar a capacidade de investimento das empresas portuguesas, transformando estruturalmente a economia através de investimentos disruptivos que permitam ascender nas cadeias de valor e promover uma maior incorporação tecnológica nos nossos produtos e serviços.”