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Portugal está apetrechado, desde meados de fevereiro, com uma plataforma digital agregadora dos diferentes atores que interagem no Sistema Nacional de Inovação (SNI).

Em causa está o Portal da Inovação, com o qual se pretende promover a "inovação colaborativa” entre empresas, investigadores ou entidades que se dedicam a atividades de Investigação e Desenvolvimento (I&D), "potenciando uma economia mais desenvolvida e sustentada”. 

É este, pelo menos, o propósito enunciado por António Bob Santos, administrador da Agência Nacional de Inovação (ANI), a quem se fica a dever o lançamento do novo portal, com o qual é possível identificar, mapear e caracterizar as entidades que fazem parte do SNI português, conhecer os serviços que prestam e identificar as competências dos investigadores que trabalham no nosso país, fomentando o ‘matching’ entre a oferta e a procura de conhecimento e tecnologia.

Este portal funciona numa lógica de ‘one-stop shop’, agregando num único local praticamente toda a informação sobre inovação em Portugal com interesse para os operadores económicos e aos agentes do Sistema Científico e Tecnológico, baseada no trabalho desenvolvido pelas entidades pertencentes aos SNI. Empresas e outros agentes económicos, entidades que trabalham com tecnologias específicas ou competências de investigadores são algumas das informações disponibilizadas nesta plataforma, onde é já possível encontrar os currículos de mais de 46 mil investigadores.

No Portal da Inovação, estão registadas 1.240 entidades, 689 das quais ligadas a instituições de ensino superior e centros de investigação. Há também listadas 206 redes colaborativas e de intermediação tecnológica, assim como 121 entidades vocacionadas para a incubação de empresas e start-ups ou a aceleração tecnológica. Dezoito são agências e associações que financiam projetos de I&D, há 195 empresas que incorporam I&D nos seus negócios ou cadeias de valor e 18 são entidades que, em Portugal, promovem a cultura da inovação e contribuem para o país acelerar o seu crescimento nesta área.

Para uma empresa portuguesa usufruir em pleno das funcionalidades do portal ("Investigadores”, "Oferta e procura de tecnologia” e "Entidades de Inovação e I&D”), importa que destaque um gestor para, em seu nome, fazer o necessário registo online. Depois de o pedido ser aceite pela ANI, o subscritor tem acesso a uma área reservada, onde poderá gerir a informação disponível de acordo com as suas necessidades. Pode aí, por exemplo, encontrar parceiros de negócios e procurar ou oferecer tecnologias, aproveitando, nomeadamente, as potencialidades de ‘matching’ da maior rede mundial de apoio a negócios, a Enterprise Europe Network, que Portugal integra através de um consórcio de entidades, públicas e privadas, liderado pelo IAPMEI, e de que a ANI faz parte.