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Turismo não faz férias e supera receitas de 2019

2022-06-20
Turismo não faz férias e supera receitas de 2019

O setor do turismo vai contribuir para "mitigar o abrandamento do PIB” previsto para este ano e deverá atingir, ou ultrapassar, os valores da receita registados em 2019, o último ano antes do início da pandemia de Covid-19.

Atento à evolução do setor, o governo tem lançado vários programas de apoio ao investimento para o setor, estando a decorrer a 5.ª edição da Call Turismo para projetos não tecnológicos e tecnológicos no setor do Turismo, com o objetivo de identificar iniciativas empresariais que contribuam para aumentar a competitividade da oferta turística do país, para melhorar a experiência do turista em Portugal e promover a eficiência das empresas do setor.

Esta Call é uma parceria entre a Portugal Ventures, o Turismo de Portugal e o Nest - Centro de Inovação do Turismo, e o investimento por projeto pode variar entre os 200 mil euros e 1 milhão de euros.

As candidaturas estão abertas até 3 de julho e podem ser apresentadas no site da Portugal Ventures.

O setor conta, ainda, com a Linha de Apoio à Qualificação da Oferta, que está aberta em contínuo até ao esgotamento da dotação, e a Linha Específica de Apoio à Valorização do Algarve que foi prorrogada até 31 de dezembro de 2022.

A Norgarante tem igualmente disponível para as empresas deste setor a Linha de Apoio ao Turismo 2021 que oferece soluções de financiamento com garantia para apoiar a retoma sustentável do Turismo, através nomeadamente do reforço de fundo de maneio dos seus agentes e da dinamização dos investimentos relevantes para o setor.

Recuperação do setor

Segundo a análise da Envolvente Empresarial de abril - de responsabilidade AEP/AIP/CIP, com base nos indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE), o turismo assiste a um "período de normalização da atividade que deverá prosseguir proximamente, ajudando a mitigar o abrandamento esperado da economia no contexto de guerra, isto assumindo que não há um ressurgimento da pandemia e novas restrições inibidoras do turismo”. O documento refere-se às estimativas rápidas do INE reportadas a março, que revelam que no primeiro trimestre assistiu-se a uma forte subida do número de hóspedes e de dormidas (367% e 399%, respetivamente) face a igual período de 2021.

O mesmo otimismo é evidente nos dados do INE, publicados no final de maio, que dão conta de que, durante o mês de abril, os estabelecimentos de alojamento turístico em Portugal receberam perto de 2,4 milhões de hóspedes, responsáveis por mais de seis milhões de dormidas, números que correspondem a aumentos superiores a 400% e 500%, respetivamente, em relação ao ano passado. O INE destaca que "é a primeira vez, desde o início da pandemia, que se registam crescimentos face ao período homólogo anterior à pandemia” e adianta que o número de hóspedes registado em abril deste ano corresponde a um aumento de 1,5% face a abril de 2019, enquanto o número de dormidas subiu 1% em relação a esse mês.

Em termos acumulados, o sector está a começar a aproximar-se dos níveis de atividade registados antes da pandemia. Entre janeiro e abril deste ano, os estabelecimentos de alojamento turístico receberam mais de seis milhões de hóspedes e registaram 14,9 milhões de dormidas, o que corresponde a quedas de cerca de 12%, em ambos os casos, em relação a igual período de 2019.

Segundo a Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, a receita do setor, em março, já superou em cerca de 5% os valores da receita de 2019, que foram de 18 mil milhões de euros. Rita Marques apresentou recentemente, à Comissão da Europa da Organização Mundial do Turismo, o Programa Empresas Turismo 360º "um projeto inovador que pretende acelerar o processo de incorporação dos indicadores ESG (Environmental, Social and Corporate Governance) nas empresas, desafiando-as a, ativamente, reequacionarem as suas práticas ambientais, sociais e de governança.”

O ministro da Economia, António Costa Silva, reforçou a confiança no setor do turismo para a retoma da economia e afirmou que este ano "vamos avançar muito mais e atingir 18 ou 19 mil milhões de euros, ou mais. O objetivo é trabalhar para atingir os 27 mil milhões de euros de receita turística em 2027, conforme está definido no nosso plano”, referiu o governante.

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